Ok, mais uma parte! Obrigado por lerem minha fanfic ^^
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No refeitório, os dois ainda chamavam atenção para Mari. Pra mim, tanto faz ser um como outro. Mas Mari analisou os dois atentamente para decidir pra quem ela torcia que o Taylor fosse. Só a Mariana Lira mesmo.
- Bem, vamos analisar novamente... – ela voltou a dizer, e eu a interrompi:
- Mari, para com esse assunto. Ta legal? – eu ri. – Acho que se você continuasse tinha que se explicar com o Shige que está vindo aí... – falei vitoriosa.
- Droga. – ela disse emburrada.
- E ai, meninas? – Shige sentou-se. – Qual é o assunto? A Mari parecia animada de longe.
- Fofocas. Como sempre. – falei derrotada.
- Imagino... – ele se arrependeu por ter perguntado.
- Que tal todos nós sairmos pra jogar boliche após a escola? – Mari disse empolgada.
- Mari, você sabe que eu não posso. Vai chegar gente lá em casa. – ri como reprovação.
- Ah, é mesmo. – ela disse envergonhada. – Mas nós podemos ir, não é Shige?
- Claro. – finalmente um programa só pra eles. Por que eles têm que me incluir em tudo? Muito bizarro. O namoro ultimamente está para três em vez de dois.
Suspirei e voltei a comer meu bento.
Depois da aula, Shige me ofereceu carona, mas eu recusei. Disse que ia andando mesmo, precisava sentir um pouco a chuva e fazer algum exercício. Logo após que ele e Mari foram embora, eu comecei a minha longa caminhada. Hoje, para a minha felicidade o rio Avon não inundou e a pista estava só molhada pela chuva, que não foi muita. Eu estava com muito frio apesar de a temperatura aumentar dois graus. O vento gelado batia na minha cara fazendo meu corpo arrepiar. Estava frio, mas um frio perfeito. Daqueles que te fazem sono e que ninguém te tira da cama. Conforme eu fui andando, eu acabei me lembrando onde todas aquelas pessoas iriam dormir. Eu sei que meu pai pensaria em alguma coisa.
Ao chegar a minha casa, vi dois garotos discutindo e outro conversando com meu pai na mesa da cozinha. Quando me deparei, um casal também descia as escadas voltando a agradecer ao meu pai pela hospitalidade.
- Filha, que bom que você chegou. – Meu pai se levantou e todos olharam pra mim.
- Olá. – eu disse timidamente me reverenciando um pouco.
- Não acredito no que vejo. Quando eu vi essa mocinha ela era um bebê! – Um homem que parecia um pouco velho, devia ser Peter, falou indo a minha direção.
- Olá. Prazer em conhecê-lo.
- Em revê-lo. – Lembrou. Ri com isso.
Cumprimentei a sua esposa, Charlene, que fez questão que eu a chamasse de tia Carly. Depois, o filho do meio parecia querer falar comigo, mas estava abismado com alguma coisa.
- Vamos, filhos. Agradeçam pela hospitalidade. – tia Carly fez o mais novo se levantar e o mais velho, Taylor, que após olhá-lo, deu um pequeno sorriso torto e levantou também. O do meio veio desajeitado e perguntou rapidamente:
- Você sabe lutar kung fu? – os olhos deles brilharam. E eu sorri um pouco.
– Bem, quase nada. Meu avô lutava quando ele era mais jovem e tentou me ensinar. – os olhos do garoto brilharam novamente.
- Sou George. – Eu ia estender a mão para o garoto, mas ele reverenciou a mim. Sorri.
- Prazer em conhecê-lo, George. Sou Akemi. – ele saiu satisfeito. Não sabia que ele poderia ser fã de Kung Fu.
- Vamos, Fab, diga alguma coisa. – tia Carly o levou até mim.
- Oi. – ele disse tímido.
- Me desculpe Akemi. Ele ainda deve se acostumar com você para poder conseguir conversar. – ela riu em sinal de vergonha.
- Tudo bem tia Carly. – sorri. – eu espero o tempo que for preciso pra falar com o... Ah, eu não sei o nome desse carinha lindão na minha frente. – fingi cara derrotada.
- Meu nome é Fabrício, mas me chama de Fab. – ele disse mais alegre. Vi Taylor rindo lá na cozinha.
- Que lindo nome! – sorri. Tia Carly estava impressionada. – Meu nome é Akemi. – falei e ele sorriu. Desceu do colo da mãe e foi brincar de novo com George.
Quando tirei meu casaco extra pra por na porta, alguém me cutucou. Virei-me e tomei um susto. Era o cara da minha sala realmente. E era o moreno alto dos olhos escuros.
- Oi. Vou ter que apelar pra alguma coisa pra você falar comigo? – sorri com o que disse.
- Não. – ele sorriu também. – Achei engraçado o jeito que você falou com meu irmão menor. Ele não resiste a um elogio.
- Crianças não resistem a elogios. – falei com convicção.
- Taylor. – ele estendeu a mão.
- Akemi. – apertei a mão dele.
- Sério que você luta Kung Fu? – ele parecia não acreditar em mim.
- Mais ou menos. Meu avô tentou me ensinar algumas coisas, mas não tive tanto interesse assim. Meu avô quando conheceu minha avó que é japonesa queria impressioná-la. – ri em lembrar-me das histórias que a vovó contava sobre o vovô.
- Então ele fez isso pra ganhar o coração da sua avó? – ele parecia interessado nesse assunto.
- É. Mas ele levou isso um pouco a sério demais. E acabou parando no hospital de vez em quando. E... – parei de andar até o sofá e olhei pro braço quebrado dele. – O seu braço... Você está bem? Meu pai contou o que aconteceu. Sinto muito.
- Tudo bem. Agora nós reformaremos a casa, somos bons nisso. – bem, realmente a culpa do desmorono era da areia em volta, não da estrutura da casa. E a chuva dos últimos meses realmente contribuiu para esse acidente.
- Você é artesão? – Perguntei com interesse.
- É. Na verdade ainda estou como aprendiz do meu pai.
- Interessante. Sabe, eu também sou uma.
- Seu avô te ensinou a ser uma? – ele sorriu.
- Não. – ri mais ainda. – Acho que herdei da minha mãe essa facilidade para mexer com materiais reutilizáveis ou pintar alguma coisa.
- Legal. Você faz o que exatamente? – nessa hora já estávamos no sofá.
- Eu pinto quadros. – disse sem emoção.
- Quadros? – ele parecia surpreso. – Interessante.
- Sim, pinto sobre várias coisas. Eu costumava pintar mais antigamente, acho que hoje já perdi a prática.
- Acho que ninguém consegue perder um dom. – ele falou sorrindo. – Sabe, minha casa... Ela é toda de madeira e eu ajudei meu pai a construí-la. Só que eu era muito jovem na época e acabei não ajudando muito.
- Legal. Mexer com madeira, infelizmente, não sou muito boa. – confessei.
- Quem sabe posso te ajudar. – ele disse sugestivamente. Quando ele falou isso, tive uma idéia.
- Ei... Eu tive uma idéia. Posso assistir a construção da casa de vocês? – falei e ele pareceu não acreditar.
- Ta falando sério?
- Lógico. Gostaria de aprender a mexer com madeira e essas coisas. – eu estava realmente ficando empolgada.
- Mas...
- Quero ser sua aprendiza. – falei com convicção.
- Minha aprendiza? – ele riu um pouco. – Tudo bem. Mas você deve sofrer com o frio. Vi você chegando toda empacotada e lá onde eu morava faz muito mais frio do que essa região de Bath.
- Agora sim, eu vou.
Ele não entendeu mais nada.
- Gosta de frio, mas sofre com ele? Você parece ser meio estranha...
- E sou. Com muito orgulho. – rimos.
- Akemi, onde você coloca os temperos? – tia Carly falou segurando uma tigela enorme aparecendo na sala.
- Ah, no armário de cima. Já vou indo ajudar à senhora. – falei me levantando. – a conversa fica pra mais tarde. – ele assentiu.
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Aí está. Espero que gostem...
Não esqueçam de comentar e votar nas reações aí em baixo. Obrigada ^^
Até mais e Boa noite!
Cada dia que passa a história vai melhorando, ainda mais. Gostei desse trecho: "Acho que herdei da minha mãe essa facilidade para mexer com materiais reutilizáveis ou pintar alguma coisa". Senti que parece ser real. kkkkkkkk. Ah, só vou deixar tbm uma sugestão: Não precisa colocar "Espero que gostem", pois todo mundo q ler vai gostar! ;)
ResponderExcluirTudo de bom!
bjos
kkkkkkkkkkk Que coisa, não? XD Mas eu não pinto quadros SHAUSHUAHUSAHS ^^
ResponderExcluirQue bom que ta gostando :D Fico feliz!
AAAAAAAAAAAAAAAAH PERFEITO! mana voce tem o dom de nos prender a sua leitura e mais ainda fazer com que sentimos estar ali como num filme. E KUNG FU *-*~~ AMEI.... e Shige: - Imagino... – ele se arrependeu por ter perguntado. Nao podia ser melhor mana! AMEI, ei quem sabe um pimpao não aparece um dia na historia eim ;P oakoakoaA
ResponderExcluiramei mana, continue nos dando esse imenso prazer que é ler uma historia maravilhosa como a sua!
TE AMOOOOOOOOO! ♥~
SUAHSUIHAISHIASIHASH Nossa, seria engraçado se eu colocasse o Massu no meio... Mas não sei xD
ResponderExcluirAh, obrigada mana! Que bom que está gostando. To dando meu máximo nessa história ^^
hehe amo vc tbm ;D