domingo, 3 de outubro de 2010

[FANFIC] Parte 19.

Nossa, o blog ta contra mim. Espero que agora vá.
Desculpem a super demora. ):

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- Tudo bem, Akemi? – Taylor falou já fora da moto, assim como eu.

- Ta... – Eu ainda observava tudo em volta. – É lindo. – eu falei dando várias voltas em torno de mim mesma, observando cada detalhe.

- É. Aqui é lindo mesmo. – sorriu e estava assustado pela minha expressão. – Acho que se você continuar a dar voltas assim você vai cair... – ele riu e me puxou.

- Onde ta a tia Carly? – Nós já andávamos para dentro da casa, onde a tia Carly veio correndo me abraçar. Tomei o maior susto da minha vida.

- Preciso responder? – Taylor disse e eu neguei com a cabeça, ainda abraçada com a tia Carly.

- Akemi! Que bom que vocês chegaram bem. Senão eu ia ter que me explicar pro seu pai... – ela disse virando os olhos.

- Imagino. – ri. – Meu pai também ameaçou o Taylor, mas ta tudo bem. Chegamos vivos.

- Isso é que importa. Hoje em dia tem tanto maluco dirigindo por aí.

Assenti.

- Esse mundo de hoje... – tia Carly falava, mas antes que eu ouvisse o resto da frase, Taylor me puxou pra fora de novo.

- A deixamos falando... – eu disse, mas ele me interrompeu:

- Deixe-a. – Ele falou sem emoção. – Quero mostrar tudo aqui. Não era você que tinha ficado impressionada com tudo isso?

- Claro. – Falei e segui-o para o fundo da casa.

Andamos em volta da casa, passando pela mesa grande de madeira onde várias flores e folhas eram encontradas no chão em volta da mesa. Chegando ao quintal, George veio me saudar.

- Akemi! Ainda bem que você veio. Hoje será um grande dia. Não vou deixar você cair no tédio. – ele falou animado e pegou em minhas mãos tentando me rodar, atitude essa que me fez ficar tonta e acabei caindo no chão rindo horrores.

- George! – eu disse tentando me levantar, tendo ajuda de Taylor. – Não precisava fazer isso, mas tudo bem. – Eu ainda ria.

- Tudo bem com você? – Taylor disse confuso.

- Ta sim. – Estava um pouco tonta, mas nada de grave. Assim que Taylor me puxou de volta caí de novo nas folhas secas à minha volta. Gargalhei. George e Taylor me acompanharam nos risos.

Deitei-me nelas e, com os braços, trazia-as para perto de mim, fazendo pequenos montinhos que continuavam por todo arredor de meu corpo. Vi os dois que estavam ali fazendo o mesmo. Senti um vento gelado no meu rosto, o que me fez sorrir.

- A temperatura parece ter diminuído. – Falei com um enorme sorriso.

- Eu falei pra você que por aqui era mais frio. – Taylor lembrou. Realmente. Ele havia me informado isso quando tivemos nossa primeira conversa no sofá da minha sala.

- Perfeito para dar um mergulho no lago. – George disse agora, causando curiosidade em mim.

- Lago? – falei me sentando em volta das folhas.

- É. Se você seguir uma trilha por essa pequena “floresta”, chegará num lago. – Taylor explicou apontando para as árvores logo atrás de nós.

- Um dia quero ir lá. – falei certa. Os dois assentiram. Olhei pro céu e este estava coberto por nuvens. Antes de sair de casa, vi que ele estava totalmente ensolarado e fazia um pouco de calor. Mas o céu daqui estava repleto de nuvens carregadas. – Vai chover? – falei preocupada.

- Não. Não temos previsão para chuvas esse fim de semana. – George disse se levantando.

- Sério? – falei desapontada e feliz ao mesmo tempo.

- É. – George confirmou e escutou algum murmúrio que vinha de dentro da casa. – Ah, Fab! Já estou indo. A gente se vê Akemi.

- Até. – acenei e ele correu pra dentro da casa.

Agora que eu havia percebido a parte de trás da casa. Ela era mais alta, não estava no mesmo nível que o chão. Tinha uma pequena varanda e pelas janelas a gente via a tia Carly na cozinha.

- Aqui é... Sem palavras. O clima é perfeito, tem um lago aqui perto que eu ainda quero conhecer – sorri – tem uma casa linda e muitas árvores... – suspirei.

- Não pensei que ia gostar tanto daqui. – ele passava os olhos por toda a paisagem.

- Muito menos eu. Até ver tudo. – falei sorrindo.

- Imagine de noite! A gente acende a fogueira, nos jogamos na grama e até dormimos com o vento batendo no rosto da gente. É maravilhoso.

- Ah! Não me faça inveja. – falei sorrindo. Ele sorriu também. – Ainda bem que hoje vou descobrir tudo isso. – falei e dei um pulo, ficando em pé.

- O que houve?

- Lembrei que tinha que falar uma coisa pra você. Sabe o Shige?

- Claro.

- Ele acabou me dizendo que vinha. Acabei me esquecendo de avisar.

- Ah, que bom. – ele se levantou também.

Já estava perto das seis da tarde e uma buzina alta e aguda berrava na entrada da casa, na rua Gloucester. Eu e Taylor fomos rápido até lá. Shige terminava de estacionar. Sorri ao ver Shige um pouco descabelado e tentando sair do carro sem bater a cabeça na porta deste, como sempre fazia. Quando nos viu, acenou.

- Shige! Pensei que não vinha mais. – falei abraçando-o.

- Eu falei que vinha, não é? – Soltamo-nos. – E ai, Taylor! – e cumprimentou Taylor.

- Bem vindo, Shige.

A essa altura, Peter já organizava a fogueira e o céu começara a escurecer. Já se passava das seis horas e nada de o meu pai chegar. Estávamos sentados na mesa de madeira do lado da casa, Shige e Taylor gargalhando e eu me virando em direção à entrada em dez em dez segundos.

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domingo, 29 de agosto de 2010

[FANFIC] Parte 18.

Segunda parte de hoje.

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- Pai, por que o senhor não vai indo pro trabalho? Daí você consegue chegar cedo. – Falei e meu pai levantou do sofá assustado. Acho que tinha o acordado.
- Hã, o quê? Onde? – ele disse esfregando os olhos.
- Pai, sou eu. Akemi. – eu acenei na frente dele, e ele retomou sua expressão de sempre.
- Ah. O quê você perguntou mesmo?
Virei os olhos.
- Perguntei se o senhor não gostaria de ir logo pro trabalho para não chegar atrasado à reunião dos Lautner! – Falei explicado só que um pouco mais alto do que o normal.
- Tudo bem, não precisa gritar! – agora ele que gritava.
- Ok, pai. – virei os olhos. – O senhor vai ou não vai?
- Ta me expulsando? – ele disse desconfiado. Meu pai era o fim da picada.
- Não pai. To tentando solucionar isso pro senhor. – falei me jogando no sofá.
Ele riu.
- Eu vou esperar você ir.
- Pai, o Taylor deve chegar a vinte minutos. Por que o senhor não vai à frente?
- Porque eu não quero. – ele disse calmo. Ai meu Deus. E eu que pensava que ele tinha deixado de lado essa história com o Taylor.
- Pai, o senhor é tão teimoso! – falei fechando meus olhos.
- Sou sim. O que custa esperar você ir?
- Só me faltava essa mesmo... – levantei do sofá e fui tomar água.
Os vinte minutos se passaram e algo buzinava do lado de fora da casa. Meu pai deu um pulo ao ouvir, o que me arrancou risos. Fui abrir a porta e meu pai veio junto.
- Oi Taylor! – Acenei da porta. Fui a ele e meu pai me seguiu. Vou te contar!
- Oi Akemi. Oi Roland. – ele acenou.
- Oi Taylor. – meu pai disse acenando também.
- Então, pai... Eu vou indo. Até mais tarde. – Falei dando tapinhas nas costas do meu pai.
- Filha, por favor. – ele olhou pra mim e depois pro Taylor. – Taylor, você realmente sabe dirigir isso? – meu pai apontou para a moto.
- Sim, senhor. – Ele sorriu.
- Olha lá, se acontecer algo com a minha filha, você não vai viver muito! – meu pai disse um pouco... Estressado. Finalmente mostrando seu lado protetor... Até demais.
- Pai. – falei assustada. – Não vai acontecer nada. Pelo amor de Deus. – Virei os olhos.
- Ok. – ele disse se afastando enquanto eu subia na moto. – COLOQUE O CAPACETE! SEGURE FIRME! NAS CURVAS ANDE DEVAGAR, TAYLOR! – agora ele gritava. Ê maravilha.
- Tchau, pai. – Falei incrédula e Taylor acenou. Coloquei o capacete e Taylor deu a partida. Até virarmos na primeira esquina, senti os olhos do meu pai na moto, sem desgrudar nem um segundo.
A ida demoraria trinta minutos, por aí. Ele morava bem para dentro da cidade, chegando perto literalmente das montanhas.
- Seu pai parecia preocupado. – O som das palavras que Taylor dizia era abafado pelo capacete.
- Ele sempre está. – Respondia gritando.
- Tudo bem eu te levar ou você teve que convencer seu pai por muito tempo? – ele perguntou gritando também.
Sorri.
- Mais ou menos. Ele ainda estava um pouco preocupado, mas eu tive uma conversa com ele.
- Conversa? – ele gritou confuso.
- É. Ele pensava que a gente estava namorando, ou algo do tipo. – gritei e ele freou com tudo. Bati meu capacete no capacete dele.
- Desculpe. – Ele disse tirando o capacete.
- Chegamos? Ah, tudo bem.
- Não. Só me assustei com o que você disse. – ele sorriu nervoso.
- Não liga pro meu pai. Ele é paranóico. Quando chegarmos à sua casa eu explico direito essa história. – Prometi. Voltamos a andar na moto, ele colocou o capacete e acelerou. Durante a pequena viagem, a estrada se alternava entre de cimento e de terra. Posso jurar que entrou tanta areia nos meus olhos que de tanto eu esfregá-los, Taylor teve que parar duas vezes para eu me recompor. Passávamos por pequenas fazendinhas e posso jurar também que pessoas acenavam para a gente, como se já conhecêssemos.
Chegamos a um incrível lugar. Era muito perto de um começo de montanha, a responsável pelo deslize. A grama no chão era tão verde quanto às folhas das muitas árvores no fundo da casa. A casa era de porte médio, toda feita de madeira, muito adorável. Na frente dela, tinha um espaço enorme que com certeza o Fab e o George o utilizavam bem. Do lado direito da casa havia um espaço onde eles faziam uma fogueira e havia uma mesa de madeira gigante, parecia ser obra do Peter. Em volta da mesa improvisada, havia folhas e flores que pareciam ter caído da grande árvore que ficava perto dela. Eu estava encantada pela paisagem, por tudo. Tanto que não consegui disfarçar a minha cara de espanto.

[FANFIC] Parte 17.

Gente, desculpa a demora... É que eu to ocupada com um mooonte de coisas! Mas hoje eu vou postar três partes pra vocês. Essa é a primeira de hoje.

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Era manhã de sábado. Acordei quase dez horas da manhã e não tinha ninguém em casa. Fui à cozinha tomar café e peguei qualquer coisa na geladeira para comer. Quando eu a fechei, tinha um bilhete informando:
“Não quis te acordar, mas eu, Oliver e James saímos para a casa da sua avó. Ela provavelmente estava com saudade dos seus irmãos. Então não sei que horas voltarei. Qualquer coisa ligue no meu celular para avisar se vai ficar em casa ou vai vir aqui também. Papai.”
Ah, que legal. Todos foram embora e não tiveram coragem de me acordar. Eu ainda estava tomando um suco que não faço idéia de que sabor era. Somente o tomei. Fui atrás do telefone e disquei o número do celular do meu pai.
“Alô?” Ele disse.
“Pai? Eu vou ficar aqui mesmo, ta? Preciso fazer umas coisas...” Falei já pensando no meu ateliê.
“Ah, tudo bem. Vai ficar bem aí?”
“Claro. Manda beijos pra vovó e pro vovô.”
“Pode deixar. Tchau então.”
“Tchau.” Desligamos.
Depois de terminar o café da manhã mais rápido da minha vida, fui ao fundo da casa, onde havia um quarto pequeno em forma de quadrado, onde eu montei meu ateliê antigamente. Eu gostava de pintar as mais diversas paisagens que existem no mundo, e eu me perguntava o que eu escolheria dessa vez, afinal eu estava sem opções. Abri o quarto e lá estavam uma pilha de quadros em branco num canto, vários potes de tintas em outro, quadros pintados finalizados e outros não finalizados em outro. O tom das paredes do quarto era verde claro, fazia me sentir à vontade. A parte da porta que se dava para ver quando se estava dentro do quarto estava toda cheia de respingos de tinta. Antigamente ela era marrom, agora ela era um arco-íris. No centro do quarto, se localizava o suporte onde se colocava os quadros para pintar. Ele estava empoeirado devido ao grande tempo que eu não piso aqui. O chão estava deplorável assim como o teto, que se encontrava cheio de teias de aranha. Voltei à lavanderia para pegar um rodo, vassoura e pano para dar uma limpeza nele antes que eu começasse.
Passei exatas duas horas fazendo a limpeza, e o resultado final foi um quarto novo em folha. Já se passava da hora do almoço e eu só me toquei que estava com fome quando meu estômago insistiu em roncar. Meu pai já era para ter voltado, mas tudo bem.
Fui à cozinha novamente e descongelei o cozido de um dia desses. Eu sei, eu odeio cozido, mas eu estava com fome. E não tinha muitas outras opções apetitosas. Depois que eu consegui botar pra dentro o cozido, voltei ao meu ateliê e fiquei meditando sobre o que eu pintaria. Olhei no relógio e já era três da tarde. Pulei de susto. Daqui a duas horas seria a reunião dos Lautner e eu não estava me lembrando.
Liguei pro meu pai de novo, perguntando se ele se lembrava de ir à casa dos Lautner. Ele quase ia esquecendo, mas disse que em dez minutos estaria aqui. Falou também que eles almoçaram na casa da vovó. Não demorei muito no telefone, afinal eu estava no meio de uma reflexão sobre o que eu iria pintar. Mas nada vinha à minha cabeça.
Voltei ao ateliê novamente e posicionei o quadro no suporte, segurava um pincel mais grosso e pensava com cuidado. Infelizmente não poderia ficar fazendo isso o dia todo. Eu tinha que ir me arrumar, mas só o faria quando faltasse pouco pra hora marcada. Fui interrompida pelo telefone tocando.
“Alô?” Falei ofegante pela corrida do ateliê à minha sala.
“Akemi? Sou eu, Taylor.” Ele disse sorrindo um pouco.
“Ah, oi Taylor.” Virei os olhos.
“Está se lembrando da reunião daqui a pouco, não é?” Quase que não. Mas isso não vem ao caso agora.
“Claro. Estava pensando nisso agora a pouco.” Falei.
“Então... Eu irei te buscar, não é?” Ele disse sem emoção.
“Sim. Eu espero você a que horas mesmo?”
“Eu chegarei cinco em ponto aí.”
“Olha lá, hein.” Sorri. “Brincadeira. Tudo bem, eu espero você.”
“Ok, até mais então.”
“Até.” Desligamos.
Eu estava tão distraída, que acabei me esquecendo que o Taylor me levaria como ele havia pedido acho que, dois dias atrás. Voltei ao ateliê e o fechei. Sabia que não faria mais nada nele hoje. Eu precisava de ajuda para pintar algo. Os dez minutos se passaram, e meu pai tinha chegado. James estava desanimado para ir à casa dos Lautner, e meu pai tentava sem sucesso convencê-lo. Oliver subiu para tomar um banho. Ao contrário de James, ele estava visivelmente empolgado. Mas ele só iria depois de buscar sua namorada, que até hoje não consigo decorar o nome da criatura.
- Acho que vou ter que passar no escritório antes de ir pra casa do Peter... – Meu pai disse se jogando no sofá.
- Vai trabalhar em pleno sábado de tarde?! – falei incrédula. – Acho que o Peter contava com o senhor lá.
- Mas eu vou. – ele disse confuso. – Só irei demorar uns minutinhos.
- Claro. – Ele diz que demora pouco, mas se tratando de trabalho, ele demorava uma eternidade. – Pai, o senhor ta brincando, não é? – falei desconfiada.
- Brincando?
- É... Diz que vai trabalhar e ainda não vai demorar muito a ir... – falei me sentando também no sofá.
Ele soltou risinhos.
- Minha fama não é boa, não é? – ele disse sorrindo.
- Não. – falei sorrindo mais ainda. – Por favor, pai. Chegue cedo. – Pedi para não dizer “implorei”.
- Você sabe que eu sempre faço o possível. Mas dessa vez é coisa rápida. Sem demoras. – ele explicou. Vou fingir que acredito. Sorri torto e fui ao meu quarto.
Separei uma calça e uma blusa com mangas para ir, vai saber se lá está frio. O que eu acho muito difícil. Separei um gorro e prendedores de cabelo. Fui ao meu banheiro e tomei um banho quente. Pra mim aquilo era a melhor coisa do mundo: um banho quente. Só faltava uma soneca para completar o “perfeito”. Mas eu tinha que sair.
Saí do banheiro e me vesti. Coloquei minha calça, minha blusa e amarrei um casaco na cintura e logo após pequei meu gorro. Separei meu cabelo e fiz “Maria Chiquinha”. Fazia muito tempo que eu não usava isso no meu cabelo e coloquei meu gorro por cima. Estava simples e confortável. Fui à sala de novo e meu pai já estava arrumado e tirava uma soneca no sofá. Como ele conseguiu se arrumar tão rápido? Olhei pro relógio de parede e marcava: quatro e trinta da tarde. Arregalei meus olhos. Acho que demorei demais no banho...

sábado, 14 de agosto de 2010

[FANFIC] Parte 16.

Mais uma parte ^^

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- Mas o que te fez pensar em voltar a pintar? – ele disse desconfiado.
- Na verdade eu não sei bem. Deu-me vontade de novo... – ri.
Continuamos a jogar papo fora por dez minutos, o tempo necessário para que a pizza chegasse com o refrigerante.
- Sabe Akemi... – ele deu uma mordida na pizza. – Eu vou a reunião dos Lautner amanhã...
Fiquei surpresa.
- Pensei que sua mãe fosse contra isso.
- Consegui convencê-la. Sabe que minha mãe gosta de você e pensou duas vezes. Mas isso só depois que eu contei a ela que você iria. Afinal a Mari não estaria aqui amanhã mesmo...
- Hum. – continuei saboreando minha pizza. – Isso é bom. – sorri e ele assentiu.
Não demoramos muito na pizzaria. Já ia escurecer e eu não podia demorar. Afinal nem ao meu pai eu avisei que saí. Eu precisava tomar um ar, mesmo que o tempo do lado de fora da casa fosse estressante. Precisava conversar com alguém e o Shige, no momento, era a pessoa perfeita. Ele era um grande amigo. Conhecíamo-nos há muitos anos, tantos que eu não saberia dizer exatamente. Quando o juntei com a Mari, que já era minha melhor amiga na época, foi engraçado. Eles se encaixavam bem e eu fiquei feliz por isso. E até hoje é o que é.
Shige me ofereceu carona e eu aceitei. O sol quente de vinte e dois graus em Bath não estava tão favorável a uma caminhada. Não demorou muito para chegar à minha casa, e logo em seguida encontrei alguém que não esperava encontrar no sofá da minha sala.
- James? – disse surpresa. Eu tenho certeza que não era o Oliver, eu o conheço.
- Akemi! – ele levantou do sofá no qual estava deitado quase cochilando. – Tudo bom? Quanto tempo hein. – Ele disse me abraçando e rodando no ar. Assustei-me. O quê ele fazia aqui?
- Tudo... – eu disse assustada.
- Parece que viu um fantasma! Acorda Akemi. – ele disse sorrindo e confuso.
- Sei lá, não esperava você aqui. Quando você chegou?
- Não faz nem meia hora. Tive que ligar pro papai pra pegar a chave porque você aparentemente tinha sumido.
- Akemi, você tava aonde? – meu pai saiu da cozinha do nada. Parecia preocupado.
- Na Da Vinci Pizza... Desculpe não avisar, mas eu tenho que ser sociável de vez em quando. – falei rindo sem graça.
Meu pai tinha uma expressão preocupada no rosto, mas logo ela saiu e deu a chance de um sorriso de alívio entrar.
- Não faça isso. Pelo menos me avise antes. Foi ver quem? – ele parecia desconfiado de novo.
- Shige. A Mari ta viajando e fui conversar com ele, ver como ele estava...
Meu pai soltou risinhos. Por um minuto pensei que a implicância com o Taylor voltaria. A chegada do meu outro irmão me deixou surpresa, afinal ele não deveria estar em aula?
- James, o que aconteceu com suas aulas? – eu falei desconfiada.
- Bem, eu pedi permissão pra faltar alguns dias. Uma semana, na verdade.
Não sabia que podia fazer essas coisas.
- Tudo isso por causa de saudade? – falei sorrindo.
- É. Só não pense que foi de você.
- E muito menos do ramen do Oliver. – brinquei. Oliver fazia tanto macarrão que chega enjoava. – Hoje a vovó e o vovô estiveram aqui.
- Sério? Ah, se eu tivesse chegado um pouco mais cedo...
- É, uma pena. – falei me levantando do sofá.
- Aonde vai? Vai me deixar sozinho? – ele disse incrédulo.
- Vou jantar, e depois tomar um banho.
Ele não me respondeu. Só afundou no sofá. Sexta feira às vezes me desanimava. A temperatura estagnou aos vinte e três graus e meu banho foi frio. Estava com calor, como aconteceu nesses últimos dias, e fiz questão de lavar meu cabelo. Livrei-me dos muitos cobertores que eu usei há uns dias atrás, afinal hoje não seria necessário. Eu estava secando meu cabelo quando meu pai gritou lá da cozinha que o jantar estava servido. Gritei de volta que estava sem fome, afinal dividi uma pizza grande com o Shige. Ignoraram-me.
Depois de secar meu cabelo fui dormir. Queria acordar cedo para abrir o quarto lá de trás da casa para ver como estava o meu pequeno “ateliê”. Eu realmente estava pensando na idéia de voltar a pintar. Enquanto eu me perdia nos meus pensamentos, peguei no sono.

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Aí está :D
Até mais e boa tarde!

domingo, 8 de agosto de 2010

[FANFIC] Parte 15.

Um post para vocês! =D

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- Como está sendo o primeiro dia sem o Taylor aqui? – ela perguntou prendendo o riso.
Neguei com a cabeça em reprovação.
- Vovó... – comecei a rir. – A senhora quer dizer: sem os Lautner aqui. – corrigi.
- Bem, tanto faz, não é? Eu pensei que talvez o Taylor fosse o único que mantinha uma conversa com mais de cinco minutos de duração com você. – ela disse e fazia sentido. George só falava comigo tentando absorver algum conhecimento sobre Kung Fu, segundo ele. Ele realmente insistia nisso. Fab só falava comigo para pedir colo e às vezes para brincar. Mas Taylor conversava comigo sobre as coisas mais aleatórias que você imaginar.
- Em esse ponto a senhora está certa. – falei sem encará-la. Minha avó somente riu e saiu da cozinha. Às vezes, vovó conseguia ser pior que a Mariana.
Após esse almoço com a presença inesperada dos meus avôs, fui estudar mesmo com aquele mau humor pelo tempo. Ainda fazia sol, a temperatura não estava oscilando, e ao passar dos minutos minha cabeça doía mais. Duas horas lendo livros e livros da escola, Eu tinha me entregado ao tédio. Meus avôs já tinham voltado para a casa deles há algum tempo atrás, meu irmão tinha saído com a namorada e meu pai estava trabalhando. Fui à janela do meu quarto observar e tentar ter alguma idéia do que eu poderia fazer agora. Não poderia ligar pra Mari, afinal ela estava viajando e pra longe. Voltei à sala e ainda tentava pensar em alguma coisa, mas nada vinha a minha cabeça.
Por fim, decidi que iria a uma pizzaria, talvez sozinha. Mas quando parecia que eu estava perdida e sem ninguém para ir comigo, uma luz veio à minha cabeça: SHIGEAKI. Ri ao lembrar-me dele, que deve estar se afundando no sofá e caindo no sono.
Liguei para ele, que me atendeu sonolento:
- Akemi? – ele suspirou. – O que você quer? – ele disse um pouco cansado.
- Eu to bem, Shige. E você? – ri. Shige às vezes era terrível.
Ele riu ao me ouvir falar.
- Desculpa, é que eu tava cochilando. – Claro, eu estava correta.
- Tudo bem, desculpe interromper a soneca da tarde, mas queria te chamar pra ir ao Da Vinci Pizza. Quer ir? – ele tinha que dizer sim, senão eu morreria no tédio aqui.
- Da Vinci Pizza? – ele falou surpreso. – Isso é perto da casa da sua avó? – ele disse confuso.
- Sim. Lá é muito bom. Vamos, Shige? Por favor... – falei.
- Por que não vai com o Taylor? – nessa “confusão” toda eu acabei me esquecendo de ligar pro Taylor.
- É, pode ser... Mas você poderia vir com a gente, não é? – falei. – Vai ficar sozinho aí mofando no sofá?
Ele riu.
- Estou bem com meu amado sofá. Obrigado.
- Por favor, Shige... – eu ainda fiquei dizendo isso por uns três minutos.
- Tudo bem. – ele disse quase gritando. – Você venceu. Quando vamos?
Olhei no relógio e este apontava quatro horas exatas.
- Daqui a meia hora? – falei.
- Pode ser. Até mais então, senhorita insistência. – ele disse e eu sorri.
- tchau, Shige. – falei, mas não obtendo resposta.
Quando desliguei o telefone, fui procurar na minha agenda o telefone da casa do Taylor, afinal a idéia que o Shige dera não foi má. Depois de muito esforço procurando na minha bagunça organizada, achei. Disquei o número sem emoção e ele atendeu depois de dois toques.
- Alô? – Taylor atendeu.
- Oi Taylor, é a Akemi. – falei sorrindo.
- Ah, oi Akemi. Me ligando a essa hora? – ele disse um pouco desconfiado.
- To atrapalhando alguma coisa? Desculpa. – falei.
Ele sorriu.
- Não. Tudo bem. Mas se você me ligou foi pra dizer alguma coisa, não é? – ele perguntou quase afirmando. E estava certo.
- Sim. – sorri. – Eu e o Shige iremos a uma pizzaria perto daqui, você gostaria de ir?
- Pizzaria? Ah, claro. – ele parecia um pouco ocupado.
- Você não ta ocupado não né? – falei desconfiada.
Ele sorriu.
- É, mais ou menos...
- Deixa pra lá então. Não quero atrapalhar.
- Dessa vez eu vou ter que concordar com você. Eu to fazendo algumas coisas aqui com meu pai e...
- Não precisa se explicar. – rimos.
- Então, até mais?
- Até. – falei e desligamos.
Logo após o telefonema fui tomar um banho e me arrumar. O calor estava tomando conta da cidade inteira, mas pelo menos minha dor de cabeça tinha diminuído e muito. O que um remédio não faz. Hoje, como nos últimos dias, não usarei o gorro da Vovó. Não há necessidade. E em vez de cabelos soltos, eu fiz um coque nele e vesti qualquer roupa, nada de interessante.
Deu quatro e meia e eu estava na porta do Da Vinci Pizza. Shige ainda demorou quinze minutos para chegar ao local, o que me irritou. Ele sabe o quanto eu odeio ficar esperando. Ele estacionou e correu até a porta, onde eu estava escorada na entrada entediada.
- Ah, desculpe Akemi! – Ele disse ofegante pela corrida.
- Tudo bem. – falei sem emoção.
- Eu sei que você odeia esperar, mas eu tinha que convencer minha mãe ainda... – ele suspirou – Ela ainda está doente. Está melhor, mas ainda ta de cama.
Quando ele tocou nesse assunto eu acordei. Prestei atenção olhando no rosto dele agora, e falei em resposta:
- Tudo bem, Shige. Não precisa se explicar. – ri agora. – Vamos entrando?
- Claro. Mas e o Taylor? – ele disse desconfiado.
- Ele tava ocupado, não pode vir. – Falei já me sentando à mesa.
- Ah, uma pena. – ele disse sem emoção. Uma garçonete logo veio até nós e anotou nosso pedido. Ela parecia animada perto do Shige, o que me arrancou risos. Imaginei a cena se a Mariana estivesse aqui. Ou melhor, não quero imaginar. Ela ia causar muita confusão. E a moça foi embora com o pedido.
- Acho que você não me chamou aqui só pra comer pizza, não é? – ele disse sorrindo torto.
- É... – suspirei. – Sabe o que eu pensei esses dias?
- O quê? – ele parecia curioso.
- Em voltar... A pintar. – eu falei devagar, esperando a reação do Shige.
- Pintar de novo? – ele abriu um sorriso. – Isso é ótimo!
- É... – sorri. – Eu estou me animando de novo.
- Ah... – ele falou fechando sua alegre expressão.
- O que foi Shige? – Eu disse preocupada.
- Você me deve um quadro!
Pensei que ele nem lembrasse mais disso. Eu o enrolei por quatro meses dizendo que faria um quadro pra ele, isso faz tanto tempo que eu nem me lembro sobre o quê eu iria pintar.
- Tudo bem, Shige. Eu farei seu quadro. – falei sem emoção.
Ele abriu um sorriso quando eu falei e logo retomamos o assunto sobre meus quadros.

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Okay, aí está. Espero que gostem e desculpem a demora! xD
Boa tarde e até mais!

sábado, 31 de julho de 2010

Conheça os personagens! 3

Okay, eu decidi fazer este post pra mostrar mais trabalhos de alguns personagens da fic mais desconhecidos.
O Kato Shigeaki, do NEWS, como eu já falei antes, não é tão conhecido por aqui. Então eu gostaria que escutassem essa música solo dele, chamada: "shalala tambourine". É muito boa a letra e o clipe é super engraçado.
Video: http://www.youtube.com/watch?v=sLVW_mg33jo
Letra e Tradução:http://letras.terra.com.br/news/1577964/traducao.html


Ah, e recomendo quem quer escutar mais da banda NEWS, esse site: http://www.micellanews.blogspot.com/ Ela faz um trabalho lindo *-* Posta várias coisas sobre a banda e lá tem todas as músicas, inclusive a "shalala tambourine".

Ahá, como eu havia prometido uns posts anteriores uma música do Billy Joel, cantor o qual tanto a Akemi escuta (e eu também ahaha). Essa música se chama "uptown girl" e é bem legal. Super antiga, mas legal.
Video:http://www.youtube.com/watch?v=7Jy0YmvGc6o
Letra e tradução: http://letras.terra.com.br/billy-joel/20032/traducao.html


Obrigado! Espero que gostem e escrevam o que acharam das músicas nos comentários ^-^
Tenham uma boa tarde e um bom fim de férias/fim de semana!

[FANFIC] Parte 14.

Okay, esse post eu estou triste. hahaha Hoje é sábado e terça agora começa as aulas de novo. Deprimente, ne? Mas, eu estou quase terminando a história no meu pc. Pena que vai demorar um tempo até terminar de postá-la toda aqui. Está enorme! Mas acho que vão gostar do resto dela. Bem, sem mais enrolação, vamos ao post! Lá vai!

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- Pai... – O fiz sentar no sofá. – Eu queria muito conversar com o senhor sobre um assunto e eu queria que o senhor não ficasse paranóico. – eu falei de uma maneira que ele se assustou. – Desculpe.
- Tudo bem. – ele riu. – Olha... Eu imagino o que você queira falar comigo.
- Imagina? Bem, é sobre o Taylor. O senhor sabe que éramos amigos de infância, mas... – disse sem graça. – Mas isso não importa e não é bem o que eu queria esclarecer ao senhor.
- Esclarecer?
- Sim. Todos os dias que ele esteve aqui o senhor o olhou tão estranho que eu realmente pensei que o senhor não gostasse dele, ou sei lá.
- Que bobagem, filha. Ele é... Praticamente... – ele suspirou. – Você sabe que você é a minha única filha e é normal eu tentar te proteger.
- Proteger? – segurei o riso. – Pai, proteger do quê? – falei confusa.
Ele ficou mudo.
- Pai, se é sobre o Taylor que o senhor está falando, não há necessidade. Sabe por quê? – Eu falei e juro que meu pai pensou que eu ia fazer uma revelação nada a ver.
- Por quê?
- Porque ele é um amigo meu. – sorri e ele sorriu aliviado. – Não há nada entre a gente. Nunca demos razão alguma pro senhor pensar algo desse tipo. – ri um pouco mais alto agora.
- Eu sei, mas... – ele parecia perdido nas palavras. – Eu ouvi... A...
Droga. Ele deve ter ouvido a Mari morrer de falar “bem” do Taylor quando ele chegou aqui. Faz sentido agora. Daí deve ter pensado que eu estivesse a fim dele. Meu pai tem cada coisa. Vou te contar.
- Pai. – gargalhei. – O senhor dá ouvidos à Mari? – falei incrédula.
- Pensei que ela fosse sua melhor amiga.
- E única. Mas o senhor sabe o quanto ela é maluca e também paranóica. Ela... Somente achou ele bonito e simpático, pai. É normal, não é? Eu até acho isso também.
- Filha, obrigado por falar isso a mim. Sabe que eu não consigo ter tanta liberdade com você sobre essas coisas e claro que eu achava que você poderia se explicar à sua avó. Daí já sabe... Eu fiquei louco.
- Como sempre. Pai, eu cresci. – sorri.
- Eu sei e é por isso que eu tenho medo.
- Eu sei me cuidar. Eu estou bem assim. Se um dia acontecer alguma coisa... – eu falei e ele ficou tenso de novo. – Com qualquer um – destaquei bem e ele riu ao me ouvir falar. – O senhor saberá e eu vou ser feliz.
- É o que eu mais quero. – nos abraçamos. Eram raros esses momentos de conversa, mas quando acontecia, eu não conseguia achar uma descrição.
Ficamos abraçados alguns minutos, só que eu o larguei porque eu precisava de um banho e dormir. Amanhã ainda tinha aula. Lembrei-me da Mari, que nessa altura devia estar em Londres. Pensei em ligar pro Shige e me convenci que era o melhor a fazer.
- Shige? – eu disse ao telefone.
- Oi, Akemi. Tudo bom? – Shige falou bocejando um pouco.
- Desculpe se eu te acordei... Tudo. – falei sorrindo. – E você?
Ele riu alto.
- To bem também. Imagina. O que devo a honra do telefonema?
- Sei lá, queria saber como você tava sem a Mariana. – ri.
- Sozinho. – ele disse com uma voz que deu dó. – Mas to bem. – riu logo após.
- Queria falar que não precisa me buscar, nem ao Taylor. Acho que iremos a pé mesmo.
- Ah, tudo bem. – ele disse um pouco surpreso.
Falamos mais cinco minutos e desligamos. Eu e ele estávamos cansados e amanhã logo cedo teria aula. Ainda fui tomar um banho não tão quente, afinal a temperatura tinha subido para vinte e dois graus e estava calor. Depois disso, fui dormir.
O café da manhã do dia seguinte foi um pouco tenso. Seria o último dos Lautner lá em casa e todos estavam em clima de “despedida”. Saboreamos, quem sabe, a última panqueca da tia Carly feita na, vamos dizer, minha cozinha. Mas de alguma forma, meu irmão tentou levantar o clima que estava e aos poucos todos se animaram também. Estava parecendo que alguém tinha morrido. Credo. Pra você ver o quanto que eles fazem a diferença nas nossas vidas. Peter ainda lembrou que terminaria o acabamento pela manhã sozinho, o que fez Taylor resmungar. De alguma forma eu e até a tia Carly estávamos preocupadas por ele estar exposto à madeira.
Depois fomos direto para o colégio. Fazia um dia até bonito lá fora, apesar de não ter uma nuvem carregada sequer. O que mexeu no meu humor um pouco. Depois de a Mari me informar que não iria hoje ao colégio, lembro-me de avisar ao Shige que não pegaríamos carona com ele. Então eu e Taylor apressamos o passo já que faltavam dez minutos pras sete. Fomos um pouco mais acelerados do que o costume, então não tivemos tempo para ter manter uma conversa decente.
As aulas foram normais. Apesar de alguns testes forem marcados, as produções de textos baseados em revistas tenham aumentado. Mas nada de interessante. Acho que em tantos anos de amizade com a Mariana somente hoje eu me toquei o quanto ela pode fazer falta na minha vida.
No refeitório, o silêncio predominou do começo ao fim. Estavam sentados Shige, eu e Taylor. E não tínhamos nenhum assunto. Essa é a falta que a “chave” Mari faz numa situação dessas.
Quando a aula finalmente terminou, depois de uma eternidade, Shige insistiu a dar carona à gente. Acabei recusando e Taylor lembrou que iria a sua casa de agora em diante. E ele foi. Enquanto eu andava, o sol ainda insistia em aparecer e parecia que tão cedo não ia sair. Não ia dar lugar a nenhuma nuvem ao céu. Isso já estava me irritando profundamente. Chegando à minha casa, meu irmão fazia almoço e de novo, como sempre sem muitas opções, fez uma lasanha. Dá para se notar que ele só sabe fazer pratos que contenham macarrão.
- Oi Oliver. – falei sem nenhuma emoção.
- E ai, Akemi? – ele virou-se a mim – Como foi seu dia na escola? – ele disse em um tom brincalhão.
- Eu realmente preciso responder? – falei entediada.
Ele soltou risinhos.
- Não. Já entendi que o dia não foi nada bom.
- Até que não foi ruim, mas... – eu parei e suspirei. – Deixa pra lá. – revirei os olhos e fui ao meu quarto.
- Quando o almoço tiver pronto eu chamo! – ele berrou da cozinha. Fiz questão de não responder.
Fui tomar um banho frio para ver se o calor passava. A temperatura lá fora estava agora vinte graus e eu morria de calor. Acredite. Eu organizei meus livros em cima da escrivaninha na qual eu costumava estudar e voltei à cozinha.
- Almoço? – eu disse em tom desesperado.
- Quase. Faltam os pratos. – ele disse sem emoção. Fiz questão de levantar e buscá-los. Todo esse clima “quente” tinha me dado dor de cabeça e eu pensava em dormir a tarde inteira.
Fui me apressando a por a comida no prato, até que meu pai tinha chegado com uma surpresa.
- Akemi, venha cumprimentar sua avó! – Meu pai gritou lá da sala, o que me fez engasgar.
Suspirei e soltei meu prato. Fui à sala e a Vovó e o Vovô estavam logo após da porta acenando. Sorri e corri para abraçá-los. Só eles mesmos pra mudarem meu humor.
- Akemi! – eles disseram em coro. Abracei os dois.
- Como vocês estão? – falei soltando-os.
- Bem. – Vovó disse na frente. Meu avô somente assentiu. Sorri em resposta.
- O que temos de almoço? – Vovó disse sentindo o cheiro e foi logo à cozinha. Meu avô somente acompanhou. Não deu tempo de responder.
Eu ainda estava na sala quando meu pai puxou conversa comigo.
- Filha...
- Sim, pai? – falei me virando a ele.
- Estranho essa casa silenciosa desse jeito, não é? – ele disse com um sorriso torto.
- É... – falei passando os olhos pela sala. – Mas amanhã iremos revê-los. O senhor vai, não é? – disse com medo de ele mudar de idéia.
- Vou. Só que irei demorar um pouco, como eu havia dito. – ele disse relembrando o que disse à tia Carly.
Assenti em resposta. Eu voltei à cozinha e recuperei meu prato. Almoçamos todos juntos, e nem parecia que a vovó e o papai brigavam tanto. Pelo menos não naquela hora. Foi divertido. Depois do almoço vovó insistia em lavar a louça, mas não deixei afinal ela era minha convidada.

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Okay, aí está. ^^
Até mais e boa tarde!
Comentem e votem nas reações, por favor! Agradeço.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

[FANFIC] Parte 13.

Mais uma parte! Essa é em homenagem a Cah, minha melhor amiga e irmã xD Que tem paciencia comigo e ama news! XD Um dia vou trazer um certo ursinho lá do Japão pra você, mana! xD Okay, lá vai!

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Quando eu ia já me posicionando para estudar a matéria do dia, o telefone tocou. Era a Mari, querendo fazer a última despedida e em meia hora sairia. Falei com ela dez minutos exatos no telefone e ela acabou murmurando um “Ok, mãe. Já to indo” e acabou por desligar. Voltei a me concentrar em história, minha pior matéria. Mas quando eu estava realmente me entretendo com a história local, o telefone tocou de novo. Era a vovó.
- Akemi, querida. Como vão as coisas aí? – ela disse parecendo um pouco cansada.
- Tudo bem, vovó. Meu pai saiu pro trabalho, Taylor, Peter e tia Carly foram ver algumas coisas da obra e o George e o Fab estão tirando uma soneca. – falei recuperando o fôlego. – Ah, Oliver acabou de passar na minha frente, mandou oi. Foi ver a namorada. – suspirei.
- Diga Oi pra ele. E diz que a Vovó o ama, - enquanto ela começou a falar fiz sinal pro Oliver esperar. – E está com saudades porque o neto ingrato dela não vem visitar a pobre da vovó! – ela apelou.
- Só um minuto vovó. Vou transmitir o recado. Oliver parece estar com pressa. - falei rapidamente e ele me deu língua. – Vovó, ele ta dando língua pra senhora. – ri.
- Menino malcriado! – ela disse brincando. – Diz pra ele passar aqui depois.
- Com certeza. Mas vovó, a que devo a honra da senhora ligar aqui?
- Bom - ela suspirou – eu queria falar com você sobre o Taylor.
- Sobre o Taylor? – ultimamente era só sobre isso que eu conversava. E não era só com a minha avó. Futuramente com meu pai, meu irmão, minha amiga e até o pobre do Shige. Minha vida está se resumindo ao Taylor.
- Sim. Sabe, ontem eu adorei que vocês me visitaram, me diverti muito. – ela disse feliz. Vovó era um doce. – E eu mal consegui dormir.
- Vovó, a senhora está com algum problema?
- Bem... Não. Mas eu estou tão feliz por você que não posso guardar só pra mim. – ela disse visivelmente contente.
- Por mim? – estava sem entender muita coisa.
- Você e o Taylor. – ela disse na lata. Ai meu Deus, mais uma que implica com isso. Primeiro a Mari, depois meu PAI e agora minha avó. – filha, eu realmente queria te dizer que se o destino uniu vocês dois novamente, é que algo maravilhoso estará pra acontecer. E eu apoio. Totalmente. – ela disse muito contente. Eu estava pasma.
- Vovó... – falei sem graça. – Não faz sentido o que a senhora ta dizendo. Isso não é uma piada? Eu mal conheço... Ta, eu o conheço há muito tempo sem saber, e ele é só um amigo. Bem, até meu pai ta insinuando coisas. Eu to começando a ficar preocupada não com os outros, mas comigo. – falei sem saber se estava sendo coerente.
- Talvez você não tenha percebido nada até agora. Espere e verá sobre o que eu estou falando.
Podia jurar que minha avó tinha talento pra ser vidente, pois falava como uma. Ou talvez um ser místico.
- Vovó, eu não sei o que responder pra senhora.
- Um dia saberá e eu estarei aqui. Eu liguei também pra você avisar ao Taylor que outro dia eu irei a casa dele. Desculpe. Seu avô está impossível como sempre.
Ri.
- Tudo bem, vovó. Eu aviso pro Taylor quando ele chegar. E como ta o vovô?
- Jogado na cadeira de balanço tomando seu café com leite. – ela riu e eu também. – Bem, não vou tomar seu tempo. Deve estar estudando. – Como ela adivinhou? Volto a dizer que ela pode ser um vidente... Se bem que isso é só o que eu faço. – Até mais, querida.
- Até vovó. Manda um beijo pro vovô. – falei e ela disse um “ta bom” e desligamos.
Bem, talvez você deva se perguntar: que menina anti-social. Mora numa cidade de porte quase grande e não sai, quase não tem amigos e blá blá blá. Respondendo: eu sou uma pessoa caseira. Gosto de passar meu tempo estudando, lendo livros. Mariana sabe disso. Ela sempre me chama no colégio para sairmos, mas até que eu não aceito por não querer ir, mas por querer não atrapalhar os pombinhos. Hm, sabe um lugar que eu realmente gosto de ir aos finais de semana? Alexandra Park. É um parque ecológico perto daqui de casa. É maravilhoso. É uma reserva florestal com muitos animaizinhos adoráveis. Eu costumava ir muito com a minha avó quando eu era pequena, hoje em dia eu vou com a Mari ou até com meu pai. Mais faz uns dois meses que eu não piso lá. Agora estou mais atarefada e com a correria que ficou aqui em casa, - mas do que já era – ficou praticamente impossível.
A hora do jantar chegou e eu li muitos capítulos do livro de história. De alguma forma eu me interessei pela história do meu país. Mas ainda era um pouco difícil de entender. Se bem que é até irônico, gostar de ler e não entender história. É somente uma interpretação do que tem acontecido no seu país e mundo. Mas eu realmente não quero ficar discutindo isso agora. Afinal eu estou com fome e rezo pro meu pai não esquentar aquele cozido que ele havia feito. Se acontecer, durmo com fome mesmo. Não é frescura, mas cara, eu não consigo encarar cozidos. Muito menos baião de dois. Meu pai havia aprendido esses pratos quando conheceu minha mãe, afinal é bem típico ter baião de dois e cozido na mesa de um brasileiro. Quando fomos jantar, meu pai inovou. Sim, ele deve ter pego as duas opções do almoço e batido no liquidificador. Aquilo, dizendo ele, era uma sopa. Eu não acreditei muito. Parecia papinha de neném. Estava muito tenso o aspecto. Até os outros ficaram com medo de provar, mas meu pai esclareceu que era o cozido triturado com sopa de feijão mesmo. Ê, maravilha.
- Roland, nós iremos antes do almoço amanhã. E Taylor, quando sair da escola pode ir direto lá pra casa. – Tia Carly disse e Taylor assentiu.
- Tão cedo? – meu pai parecia triste. Mas ele deu uma leve olhada pro Taylor e de alguma forma estava aliviado. Depois de esse jantar eu irei falar com meu pai.
Continuávamos a conversar sobre a ida dos Lautner, e eu de alguma forma estava triste. Não seria a mesma coisa sem o George e o Fab brigando o tempo inteiro, correndo e bagunçando as coisas na casa. Não seria a mesma coisa quando a tia Carly deixar a nossa cozinha, deixar de sorrir me confortando. Com certeza, eu amava a tia Carly. Ela me passava tanta segurança. E o Peter? Como eu viveria não ficando envergonhado o tempo inteiro quando ele interrompe alguma conversa minha com Taylor? Ta, talvez dessa parte eu não vá sentir falta. De alguma forma eles se uniram a nós que quando eles realmente forem embora, não será a mesma casa. Sinto que daqui por diante, a casa dos Lautner terá sempre a minha visita.
Tinha acabado o jantar e eu chamei meu pai. Ele parecia preocupado no começo, já que nós não conversávamos sério muito. O jeito de o meu pai ficar preocupado comigo eu já sabia. Ele sempre ficava muito quieto no seu canto e tentava não me aborrecer. Mas eu sentia falta de um puxão de orelha. Meu pai devia ser mais... Atencioso comigo, de alguma forma. Mas eu sei que ele sempre fazia o seu melhor, e no final das contas, pra mim aquilo bastava.

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Aí está! Espero que gostem e já sabem: comentem e votem nas reaçoes.
Boa noite!

terça-feira, 27 de julho de 2010

[FANFIC] Parte 12.

Hm, aqui estou eu. Mais uma parte.

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No final da aula, Shige teve que sair às pressas e Mari voltou para casa. Ofereci mais um dia de estadia lá em casa, mas ela resolveu ir para casa mesmo. Então, Taylor e eu voltamos andando como de costume e falou animado:
- Hoje vamos completar setenta por cento da obra. Acredita? – ele estava com a animação estampada no rosto. Era legal ver isso.
- Que bom. Hoje infelizmente não vai dar pra ir ver. Sabe, eu tenho que estudar história, eu sou horrível nessa disciplina. – falei derrotada. – Desculpe. Acho que ser sua aprendiza vai ficar pra depois.
- Tudo bem. – ele riu torto. – Hoje como não está previsto para chover, iremos levantar as últimas partes, para amanhã ficar só o acabamento. – ele disse empolgado.
- Taylor... – eu disse confusa e ele olhou para mim. – E seu pulmão? Esse pozinho todo que a madeira solta ao ser cortada/lixada não é prejudicial a ele? – falei confusa.
- Talvez. Mas eu estou bem. – ele disse sorrindo torto.
Isso com certeza não faz bem ao pulmão dele. Ele um dia desses estava internado com complicações e já vai ajudar o pai com toda essa madeira.
Quando chegamos a minha casa, um milagre havia acontecido. Ou melhor, dois. Um deles é que estava fazendo sol. Nenhuma nuvem a vista. O outro era: meu pai estava cozinhando.
- Ah, meninos. – ele sorriu torto. Ele estava todo sujo e de avental, ainda. – Bem vindos. Hoje sua mãe teve que ir lá à sua casa Taylor pra ver algumas coisas, então eu estou fazendo o almoço hoje. Sabe, hoje é meu dia de folga. – ele disse vitorioso. Dia de folga? Pensei que isso não existia na vida do meu pai.
- O que temos pro almoço? – eu falei me sentando à mesa.
- Hum... – ele disse verificando as panelas. – Cozido de carne e baião de dois. – ele falou e eu quase não acreditei. Minhas duas comidas que eu mais odeio no mundo juntas e no mesmo dia?
- Ah... – falei surpresa.
– Desculpe filha. Sabe o quanto seu pai é limitado na cozinha. – ele disse se desculpando.
- Tudo bem, pai. – ri. Hoje não vai ser um dia bom. – Eu vou ao meu quarto pra deixar minhas coisas e vou tomar um banho. Já volto. – falei me levantando. Taylor já não estava mais ali.
- “Só me faltava... Meu pai na cozinha, sol lá fora e cozido na barriga. E ainda com baião de dois.” – suspirei e entrei no banheiro. Depois de um banho quente desci e todos já estavam almoçando. Sentei-me em silêncio e coloquei o mínimo de comida que me faria ficar em pé até a hora do jantar.
O almoço perturbado, sim, perturbado. Afinal todos faziam planos já pro sábado, os Lautner voltaram a falar da reunião e tudo mais. O que gerou uma grande confusão, porque todos, exatamente todos falavam ao mesmo tempo. Logo após a confusão, quase classificada como uma guerra, o telefone tocava, fazendo com que seu barulho não fosse nada comparado à confusão do almoço. Atendi e era a Mari.
- Alô? Mari? – falei tampando um pouco os ouvidos porque a discussão lá fora continuava.
- Oi, Akemi. – ela disse alegre. – E aí, ainda vai encarar os livros de história hoje?
- Nem fale. Vou estudar hoje pra ver se entra alguma coisa na minha cabeça.
- Você vai entender... Mas, eu liguei pra avisar outra coisa. É um recado pro Taylor.
- Por que você não fala com ele? Eu o chamo. – eu já ia fazer isso, mas ela me parou.
- Não, não. – ela disse nervosa. – Fala pra ele que eu e o Shige não iremos à reunião dos Lautner. Sinto muito.
- Por quê? – falei curiosa.
- Bem... Minha mãe... Acabou não me deixando ir. Mas tudo bem. Fala pra ele que a gente se vê na segunda. E divirta-se.
- Mari... Hoje é quinta feira. Por que não diz isso amanhã de manhã pra ele?
- Essa é a questão. Amanhã não vou à aula porque vou acompanhar minha mãe que vai à Londres. Entendeu?
- Ah. – falei entendendo mais. – Mas então por que o Shige não vai?
- Ele disse que a mãe dele não o deixou ir nem perto das Montanhas. Disse que é perigoso.
- Pff. Tudo bem. Eu falo ao Taylor.
- Obrigada. Então, até segunda?
- Até. Boa viagem. – falei e ela respondeu um obrigado. Desligamos.
A mãe do Shige é terrível. Mas, até entendo porque ela está doente. Mas coitado do Shige. Posso apostar que ele só sai com a mãe dele ou com a Mari. Essa vida, pra mim, eu não quero não. Após alguns instantes, a briga cessou lá fora. Meu pai acabou concordando em ir à reunião dos Lautner, mas iria mais tarde. Meu irmão ia sair com a namorada, então eles iriam mais tarde também. Acabei sobrando nessa história toda. Fui lá fora pra saber o que aconteceria comigo.
- Pai, mas e eu? – falei confusa. Ele parecia não achar saída.
- Com licença... – Taylor falou. Meu pai olhou pra ele. – Eu poderia levá-la. – ele disse um pouco sem graça.
- Como? – Meu pai disse desconfiado.
- Eu a levo na moto do meu pai. Acho que ele me emprestaria, não é pai? – ele disse olhando pro Peter.
- Bem... Tudo bem. – ele disse sorrindo. – O que acha Roland?
- Não sei... Taylor, você sabe andar de moto? – meu pai disse desconfiado. Ele assentiu em resposta.
- Não se preocupe Roland. Ele é um bom motorista. – Peter disse confortando meu pai.
- Pai, eu não vejo problema. – falei.
– Também não. – Oliver disse. Mas pra que diabos ele se meteu na nossa conversa?
- Tudo bem... – e ele acabou cedendo. Como sempre.
Depois dessa difícil decisão tomada pelo meu pai, eu agradeci ao Taylor.
- Por um pouco, achei que não ia mais a reunião de vocês. – eu disse um pouco... Ta, dessa vez eu realmente não sei descrever a minha expressão naquele momento.
- Por nada. Acho que... Você anda sem muitas opções. Sair pra algum lugar faria bem a você, não é? – ele disse sem graça. O pior de tudo é que ele estava certo.
- Bem, - Sorri – Eu sei que será legal, por isso estou animada. E é verdade, eu acho que preciso sair mesmo. – falei sorrindo.
- Será. Eu prometo. – ele disse sorrindo torto.
Depois do papo, ele seguiu pra casa dele junto com o Peter e a tia Carly. Iam levantar as últimas partes da casa que faltavam. Amanhã seria o último dia que ele estaria aqui, depois eu só o veria ou na escola ou na casa dele. O que acho provável mais na escola. Meu pai continuava meio desconfiado, mas eu queria, de uma vez, esclarecer que estava tudo bem. Mas quando fui ver meu pai já havia saído para trabalhar, então isso ficaria talvez para amanhã. Amanhã já era sexta-feira, o que me deixava feliz. A previsão do tempo apontava sol até o fim da semana, o que eu me irritava um pouco. Mas, acabo por me lembrar que não teremos incidentes sábado à noite. Afinal, provavelmente a reunião será fora da casa. Taylor já havia me falado que sua casa era de porte médio e tinha muito espaço em volta dela. Espaço o qual seus irmãos aproveitavam bastante. A parte que deslizou era a parte onde que a montanha continuava, que justamente fora a parte do quarto dele. Uma pena. Disse que se olhar em certa direção, verá uma mata densa e no final, finalmente veremos a praia de rio. Era uma pequena praia, dizendo ele, mas de vez em quando os Lautner iam lá para acampar e aproveitar o rio. (n/a: essa parte de geografia não faz sentido, ok? Afinal perto das ruas que eu já citei não há nenhuma montanha, que eu saiba. Muito menos é perto de praia. E tipo, por que eu a escolhi? Porque eu adoro ficar viajando pelo Google maps para lá. XP)

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Okay, aí está. Espero que gostem =D
Boa noite e até mais!
Comentem e votem nas reações!

sábado, 24 de julho de 2010

[FANFIC] Parte 11.

Voltei das cinzas! Desculpem a minha ausência. Tive uns problemas e estive ocupada resolvendo-os. Então cá estou e voltarei a postar, quem sabe diariamente como antes.
Aqui está mais uma parte, espero que apreciem. :D

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- Essas histórias parecem ser interessantes... – ele disse terminando o chá.
- E são. – minha avó sorria. – A bisavó da Akemi foi uma grande mulher. Mas...
- O que foi vovó? – eu falei um pouco preocupada.
- Gostaria que seu pai fosse mais preso a esse passado... A Akemi foi um dos poucos netos que já haviam nascido naquela época que realmente queriam entender e ouvir as histórias que minha mãe trouxe do Japão. Junto com meu pai, Jun. – ela falou um pouco triste. (n/a: Eu fiz isso de propósito... MATSUMOTO JUN, em homenagem ao ARASHI XD).
Ficamos um pouco calados, mas logo a conversa foi retomada.
- Foi incrível te rever, Taylor. Você está com mesma cara de quando você tinha dois anos. Só cresceu. – Rimos.
- Realmente não mudei muito. E... Eu queria convidar a senhora para a reinauguração da minha casa, no sábado. A senhora vem? – Minha avó parecia surpresa pelo convite. – Vai ser uma reunião simples. Ela riu um pouco, e disse:
- Bem... Eu farei o possível. – ela disse segurando a mão do Taylor. – Faz muito tempo que eu não vou à sua casa. – ela riu ao falar. – Gostaria muito de rever seus pais. E de conhecer os seus outros irmãos.
- São muito fofos, vovó. – falei, sorrindo.
- Imagino. – ela sorriu também. Como eu imaginava, perdemos a hora. Estava quase na hora do jantar e meu pai ficaria preocupado. Fiquei preocupada em relação ao Taylor, já que ele deve ter dado duro na construção da casa dele. Voltamos a pé e já estava escurecendo. A chuva tinha parado por um milagre e eu não usava mais o guarda chuva.
- Sabe, Akemi... – ele disse sem olhar pra mim. – Sábado será a festa, sabe, de reinauguração da casa... Vai? – ele disse sorrindo.
- Estou convidada? – falei surpresa.
- Lógico. Vai ser uma reunião simples, na verdade. Mas será animado.
- Então estarei lá. – falei sorrindo. Andamos mais um pouco e chegamos à minha casa. Para a minha surpresa, ainda colocavam os pratos na mesa, mas mais alguém estava lá naquela sala.
- Mari? – falei surpresa.
- Oi Akemi! – ela disse e me abraçou. Olhei confusa pra ela. – Ok, deixa eu explicar. Eu tive um problema lá em casa, sabe... Minha mãe foi à cidade vizinha à negócios e eu não suporto ficar sozinha com meu pai. Daí eu liguei pro tio Roland...
- Já entendi. – falei sorrindo. – Eu sei que você não veio por minha causa. – falei mais baixo do que o normal.
- Não foi você que disse pra não trair o Shige?
- Lógico. E mantenha essa promessa.
- Claro. Eu amo o Shige. – ela falou animada.
- É... – falei e sorri torto. – Vamos jantar. – a puxei lá pra fora. O jantar foi calmo. Todos conversavam calmamente, mas sem nenhum assunto realmente interessante. Tia Carly voltou a dizer sobre a reunião na casa dela e meu pai, devo dizer, não largou o olho de mim o jantar inteiro. Meu pai ficou animado em relação à festa, mas, de alguma forma parecia preocupado. Principalmente quando eu dirigia a palavra ao Taylor. Depois que o jantar acabou, eu e Mari ajudamos a Tia Carly a lavar a louça e logo em seguida fomos tomar banho. Assim que a Mari acabou, eu fui. Depois de secar o cabelo após o banho quente, voltei a sorrir, e a Mari começou a falar:
- Akemi... Você viu... – talvez ela não soubesse terminar.
- Vi o quê? – falei confusa.
- Seu pai... Parecia tenso. Não tirava o olho de você, principalmente quando você conversava com o Taylor.
Eu realmente notei isso, mas pensei que não fosse nada de mais.
- É... – falei confusa. – Eu percebi. Por que deve ser que ele estava tão desconfiado olhando pra gente? – falei tentando achar respostas. Mas infelizmente não consegui. Ela sorriu um pouco e disse:
- Eu acho que ele ta pensando que... – ela falou, mas novamente ela perdeu a coragem de completar a frase. Soltei uma risada longa.
- Já sei o que você quer dizer. Mari, não inventa. – fiz careta.
- Eu só to falando o que eu acho que ta intrigando seu pai. – ela disse com cautela.
- É... Talvez ele pense mesmo que ta acontecendo algo. – disse pensativa. – Mas eu vou conversar com meu pai sobre isso. Vou esclarecer.
- Acha que vai funcionar? – ela disse com dúvidas.
- Acho. Meu pai tem que me ouvir. Senão ele vai acabar tendo uma briga com o Peter sobre isso. Sabe o quanto meu pai é ciumento.
- É eu sei. – ela disse. – Vamos dormir?
- Claro. – e então nós fomos dormir.
No dia seguinte, fomos à escola com o carro do Shige, Taylor pegou carona com a gente, e não perdemos assunto com ele nem só um segundo. Ele comentou da reunião dos Lautner no sábado, da reinauguração da casa e chamou os dois. Eles disseram que talvez fossem porque dia de sábado era um dia meio que... Sagrado para os dois. Eles saíam o dia inteiro, afinal somente no sábado a Mari tinha permissão pra voltar super tarde com o Shige. Mas, a expressão de curiosidade e ansiedade pela reunião era visivelmente percebida em Mari. Eu acabei conversando com ela mais tarde dizendo sinto muito, mas ela acabou entendendo. Eu acho. O dia na escola foi interessante, até. Fizemos alguns textos sobre uns artigos das revistas importantes da semana em Bath e tivemos teste de matemática. Eu não costumo estudar na véspera, mas todos os dias eu pego a matéria do dia e estudo. Assim facilita a minha vida e eu não fico tão presa aos testes assim. Após este acabar, Mari disse que acabou indo um pouco ruim nele, mas disse que estava tudo bem. Ofereci meu suporte para ajudar nos estudos dela, e ela aceitou. Mas somente em matemática. A aula de história do dia também foi interessante, até para quem não gosta muito da disciplina. No intervalo, finalmente Taylor se aproximou no refeitório e sentou-se com a gente. Foi legal, continuamos a jogar papo fora e de alguma forma eu entendo como meu pai se sentia. Eu, em toda a minha vida, só tive um namorado. Há muito tempo atrás. E meu pai ficou enlouquecido. Ele nunca soube o verdadeiro porquê de ter acabado, se soubesse, mataria Vicent, meu ex, sem pensar duas vezes. Eu era nova, tinha somente treze para catorze anos. Namoramos dois anos quase inteiros e ele tinha me traído. Quando descobri não entrei tanto em pânico assim, somente fiz questão de sair do local e deixar bem claro que tudo tinha acabado. Desde então, ele se mudou com a família para Londres, e nunca mais eu voltei a falar com ele. Meu pai parecia assustado, mas visivelmente feliz por ter acabado tudo. E perguntou o porquê. Avisei ao meu pai porque ele ia se mudar, e não daria certo. Mas eu nunca tive coragem de dizer a verdade. Mas agora, não é mais necessário. Acho que se eu arrumasse outro namorado, meu pai seria mais compreensivo, afinal eu tenho dezessete anos. Geralmente garotos nessa idade também são mais responsáveis do que garotos de catorze anos. Meu pai não ficaria tão maluco quanto ficou naquela época. Mas isso eu não gostaria de pensar agora. Afinal namorar Taylor não estava nos meus planos.

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Okay! Aí está. Espero que a demora do post tenha valido a pena. Desculpe xD
Não esqueça de comentar e de votar nas reações, por favor. Fico feliz.
Até mais e Boa noite!~

terça-feira, 20 de julho de 2010

[FANFIC] Parte 10.

Ok, esse post é especial porque hoje é o Dia do Amigo! Feliz Dia do Amigo para meus queridos amigos que estão lendo minha fanfic, e pra aqueles que não estão lendo também XD Okaaaaay, lá vai!

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- VOVÓ! – Gritei, pois a campainha estava aparentemente quebrada.
- Ah, Akemi! – Ela disse abrindo a porta. – Que surpresa! Chegou bem na hora.
- Na hora?
- Sim. Eu fiz um lanche e seu avô está aqui. – ela sorriu.
Entrei e fui correndo abraçar o vovô. Ele estava na sua cadeira de balanço lendo alguma coisa, não prestei atenção.
- E aí, vovô! Como o senhor está? – falei e ele sorriu.
- Muito bem. Que bom que você veio nos visitar, já faz umas semanas que eu não vejo você, Akemi.
- É. Na verdade esses dias eu tenho vindo aqui. O senhor que está jogado no mundo. Fiquei sabendo que até doces o senhor está comendo.
- Sim. Achei uma padaria maravilhosa há dois quarteirões daqui. Faço uma boa caminhada e queimo as gorduras dos docinhos. – gargalhamos. Meu avô era uma graça.
- Ande Akemi. Tome um pouco de chá pra esquentar. – vovó me chamou, e acenei ao vovô.
- Vovô Joe está um pouco cansado. Lendo a essa hora da tarde, depois da sua caminhada à padaria.
- Ele tem que tomar cuidado. Comer doces demais vai fazer mal a ele. – falei até um pouco preocupada.
- E você acha que eu não digo isso pra ele constantemente? Seu avô é muito cabeça dura. – rimos. Ela me deu o chá. Enquanto eu tomava, lembrei de avisar que ela teria mais uma visita.
Mas antes que eu falasse qualquer coisa, vovó já puxou assunto.
- Akemi... Pensei que a Mari estivesse com você.
- Ah, ela teve que ir estudar com o Shige.
- Ah. – ela sorriu. – esses dois.
Sorri junto.
- Vovó... – falei chamando atenção dela.
- O chá está ruim? – Ela disse preocupada.
- Não, está ótimo. – sorri. – Mas... Sabe o Peter? O amigo do papai...
- Sim, o que achou dele? – ela já foi me cortando...
- Muito simpático. Toda a família é. – falei e ela sorriu. – Eu chamei o filho mais velho deles, o Taylor, pra ver a senhora. Ele deve estar aqui daqui a pouco.
- Ah! – minha avó parecia um pouco assustada. – Que surpresa! Faz muitos anos desde que eu não o vejo. Da última vez acho que ele tinha dois anos. Assim como você.
- Somos amigos de infância? – falei assustada.
- Sim. Só que quando ele completou quatro anos eles se mudaram, mas voltaram dois anos atrás pra Bath novamente.
- Nossa essa o papai não me contou... – falei um pouco triste.
- Se você esperar que tudo o quê você queira saber virá de seu pai, espere sentada. – vovó gargalhou. Ela estava certa.
- Vovó, a senhora é demais. – sorri. Ela sorriu, mas negou com a cabeça.
Com o passar da conversa, meu avô chamou minha avó:
- Harumi vem aqui! Deixei minha avó resolver o que tinha pra resolver com meu avô e fiquei tomando meu chá, tranquilamente.
- Desculpe seu avô. De vez em quando me dá tanto trabalho... – Vovó parecia um pouco preocupada. Quando eu menos esperava, a campainha tocava.
- Ah, deve ser o Taylor. – falei me animando mais. Minha avó sorriu e foi à porta.
- Quem é? – e ela ainda perguntou.
- É... – Ele disse num tom nervoso. – Taylor Lautner.
Sorri ao ouvir isso. Ele parecia nervoso. Ela abriu a porta e abriu um sorriso. Minha avó realmente parecia um anjo. E ela é tão boa...
- Com licença. – ele disse cauteloso.
- Pode entrar Taylor. Eu sou a Harumi. Harumi Matsumoto, a avó da Akemi. Você não deve se lembrar de mim, mas eu lembro muito bem de você. – Minha avó falou. Ou tagarelou.
- A senhora me conhece? – ele disse confuso. Ela assentiu e o guiou até a mesa onde eu estava.
- Oi. – falei sorrindo um pouco. Ele só sorriu.
- Pode se sentar. – ela disse afastando uma cadeira pra ele.
- Não precisa se incomodar, Dona Harumi. – ele disse sem graça.
- Eu ainda dou pro gasto, meu filho. – ela disse mostrando seus “músculos”. Rimos. Ele se sentou e minha avó voltou a dizer:
- Você cresceu tanto, menino. – ela disse ainda observando. Acho que ele daria tudo pra saber o que ela estava pensando naquela hora.
- De onde a senhora me conhece? – ele disse confuso.
- Eu praticamente vi seu pai crescer. E você nascer. Sabe, eu ajudei no seu parto. – ela falou tranquilamente e eu me engasguei, e ele com certeza também.
- Vovó, como assim? – eu falei pasma.
- Há muito tempo... Eu ajudava alguns conhecidos a terem seus filhos. Mas faz muito tempo isso, muito mesmo. Você... – ela olhou diretamente nos olhos do Taylor. – foi o último bebê que eu ajudei. – ele parecia assustado com a revelação.
- Eu me lembro de a minha mãe falar muito de uma senhora que ajudou ela no meu parto, mas... Eu nunca imaginei que fosse a senhora. – ele riu.
- O destino é uma coisa interessante. – ela disse sorrindo.
- Com certeza. – falei sorrindo também.
- Você aceita chá? – ela disse bondosamente ao Taylor.
- Claro... – ele falou meio longe. Ela sorriu e foi à cozinha.
- Por essa eu não esperava. – falei, chocada.
- Muito menos eu. Nunca imaginei que a senhora que ajudou minha mãe fosse sua avó. – ele disse confuso.
- Minha avó me surpreende a cada dia. Eu nunca consigo saber tudo que aconteceu na vida dela. E sabe o que ela me disse?
- O quê? – ele parecia curioso.
- Nós somos amigos de infância. Pelo menos eu não sabia disso. – ri. – Meu pai nunca me disse, e eu não me lembro...
- Nossa... Isso explica algumas coisas.
- Algumas coisas?
- Você tem que ir lá a minha casa. Entenderá. – ele disse misteriosamente.
- Mal posso esperar. – Mostrei entusiasmo.
- Aqui está. – minha avó disse ao chegar onde estávamos.
- Obrigado. – ele pegou a caneca.
- Minha avó faz o melhor chá da Inglaterra inteira. Se brincar, o melhor chá do mundo.
- Akemi, não exagere. – Vovó me repreendeu, mas no fundo acho que ela concordava comigo.
- Vovó, eu não estou exagerando...
- Eu já bebi o mais maravilhoso e gostoso chá de todo o mundo... Em minha opinião. Eu era assim como você, Akemi. – ela disse se sentando e me encarando. – O chá da minha mãe era o melhor chá de todos. Não importava o sabor do chá. Ela era a melhor. – ela disse sorrindo torto e se ajeitou na cadeira.
- Eu me lembro do chá da bisavó. – falei rindo um pouco. – Faz muito tempo e eu era pequena, mas acredite vovó, eu ainda sinto o gosto na minha boca. Mas o da senhora... É inexplicável, é o melhor. – sorri. Minha bisavó falecera quando eu tinha dez anos. Eu amava o chá e as histórias dela, me faziam querer voltar todos os dias lá na sua casa. Ela havia me ensinado muitos costumes de quando ela morava no Japão, mas infelizmente não me lembro de muita coisa. A casa dela, exclusivamente, era repleta de acessórios e enfeites nipônicos. Eu gostava de vestir os yukatas que ela costurava pra mim, e me sentia uma verdadeira japonesa. Quando ela morreu, foi difícil pra mim. Mas minha avó continuou o que ela começou em mim. E eu agradeço profundamente.

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Ok, espero que gostem *-*
A vovó da Akemi é bem surpreendente, não é? XD
Bom, comentem e votem nas reações! Até mais e Boa noite~

domingo, 18 de julho de 2010

[FANFIC] Parte 9.

Ok, o post de hoje! Esse post foi feito quando eu estava ouvindo a Cah na webcam cantando "Sakura Girl", do NEWS. Ou seja, foi super inspirado. ^^ Então lá vai!

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Despedimo-nos dos pais do Taylor e do meu irmão e fomos pra escola. Pegamos os casacos, guardas chuva e seguimos o caminho que eu fazia todos os dias...
- Seu pai parece ser muito ocupado. – Taylor disse sem emoção.
- É... Infelizmente às vezes ocupado até demais.
- O que você faz quando ta só em casa? Pelo visto isso acontece com freqüência. – e ele estava certo.
- Eu vou à casa da minha avó. – sorri um pouco. – ela me faz sentir bem quando estou solitária.
Ele parecia estar pensando agora antes de falar.
- Bem, acho que vou me alistar a fazer companhia a você quando esses dias de solidão aparecerem... – ele olhou pra mim sorrindo. É em essas horas que faltam palavras às pessoas...
- Claro, à vontade. – sorri. Continuamos andando jogando papo fora e, chegamos à escola. A Mari e o Shige se encontravam no portão do colégio e Mari me olhou pasma quando eu chegava com o Taylor. Deu uma risadinha também. Ela não perde a oportunidade...
- Bom dia. – falei quando cheguei aos dois.
- Bom dia. – falaram juntos. – E ai, tudo bom? – Shige cumprimentou Taylor. Fui andando com a Mari.
- UAU... – ela começou, mas eu já a interrompi. Mas ela continuou. – Ele está sendo tão bom pra você. Eu sei. – ela sorriu.
- Nem começa. Ele... – agora que me dei conta que estou discutindo uma coisa idiota. Parei de andar e olhei pro céu chuvoso.
- Mari, para com isso. Sério. – eu falei séria demais e passei por ela. Eu não sabia dizer porque eu me senti mal em falar do Taylor. Talvez ele esteja sendo tão legal comigo e eu fico pensando que... Se a Mari está correta. Se ele está sendo bom demais. Eu não quero alimentar um sentimento falso. E não vou. Ri um pouco e sacudi a poeira, modo de dizer. Tive minhas aulas normalmente. Mas no refeitório ele só ficou me olhando de longe, sem se aproximar. Eu não entendi. Será que ele sentiu que não seria bem vindo ali? Bobagem dele.
- Pensei que ia vir com seu pai... – Mari disse desconfiada.
- Chamado urgente. Daí acabou que a gente foi a pé...
- Entendo...
Quando a aula acabou, ele me esperava sorridente no portão. Não o entendo.
- Oi. Por que não foi falar comigo no refeitório? – falei confusa.
- Sei lá, você tava com seus amigos. Não quis atrapalhar... – ele disse num tom estranho.
- Pensei que fosse meu amigo. – sorri um pouco. – pode ir falar comigo, e outra, não precisa de permissão.
Ele sorriu com o que eu disse.
- Sabe... Ficarei na sua casa por mais dois dias, três no máximo.
- Vai embora ao fim de semana? – falei apreensiva.
- Por quê? – ele disse confuso.
- Perguntando só.
- Hoje iremos reconstruir a casa.
- Você está crente que levantará tudo em três dias? – ri com isso.
- Sabe, a chuva só derrubou uma parte da casa. A de trás. Eu estava lá quando desmoronou.
- Entendo... Eu poderia ir com você? – falei animada.
- Claro. Mas... Pensei que tivesse algo de mais interessante pra fazer.
- Ah não. – falei fazendo careta.
- Hã? – ele disse confuso. Eu acabo de me esquecer que a vovó tinha me ligado ontem pedindo que eu fosse a casa dela hoje. Droga, logo hoje.
- Minha avó... Ela me chamou pra tomar chá com ela hoje. – disse sem graça.
- Tudo bem. Amanhã você poderia ir lá à minha casa, não é? – ele disse.
- Espera! – tive uma idéia. – Que horas você vai com seu pai...?
- Agora. – Droga. Mas...
- Vai demorar? Desculpe te interrogar. – sorri um pouco.
- Bem, talvez isso leve umas... Três horas. Hoje a chuva não vai ajudar muito. Por quê?
- Perfeito. – sorri e ele não entendeu nada. – Pode ir à casa da vovó depois de terminar? – eu torcia pra que ele pudesse.
- Na casa da sua avó? – ele me pareceu receoso. – Bem... Se der tempo de tomar um banho antes de ir, vou sim. – ele sorriu. – Mas eu não entendi...
- Quero que você a conheça. Ou melhor, vovó irá te reconhecer.
- Ah. – ele sorriu. – tenho uma idéia melhor ainda.
- Qual?
- Ah não... Você já vai ta na casa da vovó... – eu ri do jeito que ele chamou minha avó. Ele riu logo após.
- Se quiser eu te espero em casa. Podemos ir juntos.
- Acho que posso pedir ao meu pai pra sair mais cedo...
- Se não for atrapalhar... – disse.
- Sem problemas. Eu me viro. Meu pai vai concordar quando eu falar que vou visitar a vovó da Akemi. – ele riu ao falar isso. – Ou melhor, irei ver de novo.
- Então eu vou te esperar. Andamos mais um pouco e passando pelo rio Avon, que não estava transbordado (milagre), retomamos a nossa conversa a caminho de casa. Voltamos a rever os planos pra de tarde, e achamos melhor ele ajudar ao pai dele na casa. Mas, ele acabou insistindo que queria ir ver minha avó, então logo após que terminasse, ele iria.
- Pergunto-me o que teremos pro almoço hoje... – falei com uma expressão cansada.
- É... – foi tudo o que ele disse. Parecia cansado. Mas em um instante, ele parecia ter acordado e falou: - Akemi, seus avôs ainda são apaixonados? – ele disse numa expressão risonha.
- Você ficou impressionado pelo meu avô ter aprendido a lutar, não foi? – ri com isso. – Bem, eles ainda se amam, eu sei. Mas, não é aquele amor, tipo seu pai e sua mãe. Eles se respeitam.
- Então essa é a visão de amor pra você? – ele falou olhando pra mim agora.
- Talvez. Faz parte da definição. – eu falei e ele voltou a manter os olhos no caminho. – Bem, acho que não é uma hora propícia pra falar dessas coisas...
- Por que não? – ele falou confuso. Ri.
- Estamos no meio da rua, encharcados, voltando de um dia estressante do colégio e morrendo de fome. Acha mesmo que é hora? – Falei sorrindo um pouco.
- Talvez. – ele disse sem nenhum argumento. Para a minha infelicidade, consegui chegar a minha casa mais ensopada de lama do que de água da chuva. Os carros passam correndo em poças, não tem respeito. Eu estava horrível, mas sabia que um banho quente resolveria. Assim que abri a porta coloquei meus casacos imundos na lavanderia e fui tomar um banho antes do almoço. Depois que terminei, desci e todos já estavam se servindo, menos Taylor devido ele ter ido tomar banho também. Não fui só eu a vítima na rua. Comi minha lasanha em silêncio, até que meu pai me perguntou:
- Como foi na escola? – ele falou. Estranho, geralmente ele não perguntava essas coisas.
- A mesma coisa de sempre. – respondi sem olhá-lo.
Meu pai soltou risinhos e voltou a almoçar.
- Então, vocês já pretendem se mudar pra casa de vocês nesse fim de semana? – meu pai parecia preocupado.
- Sim. Como você viu Roland, a parte danificada foi a parte de trás. Então é só levantar ela e em dois dias estamos indo. – Peter explicou e a tia Carly assentiu.
- Não queremos incomodar. – ela falou.
- Tia, a senhora não ta incomodando. Imagina. – falei e ela sorriu.
- Obrigada, Akemi. Mas realmente temos que voltar.
- Entendo... – falei voltando ao meu almoço. Quando terminei de almoçar, fui à sala e Taylor estava verificando algumas coisas em sua mochila. Ele me viu e soltou risinhos.
- Ainda bem que tenho casacos extras. Aquele que fui hoje já era.
- Nem me fale. Vou ter que achar algum casaco velho no armário pra usar amanhã.
Peter apareceu na sala.
- Então, Taylor. Vamos? – Peter falou pegando uma mochila de costas também.
- Vamos. – ele disse se levantando. – Até mais tarde.
- Ah, espera. Um minuto. – Fiz Taylor parar. Peter achou estranho. Fui ao meu quarto correndo e busquei o papel que explicava onde era a casa da vovó. - Aqui. Esse é o endereço.
- Ah, já ia me esquecendo. – ele sorriu. – Obrigado. Até mais.
- Até. – falei e eles saíram pela porta. Eu aproveitei que estava praticamente sozinha em casa para estudar. A matéria do dia não foi muita então fiz tudo em menos de duas horas. Logo após, fui ao meu quarto e tentei achar outro casaco. Achei um velho e surrado no fundo do meu armário. Era ele ou morrer de frio lá fora. Pra minha sorte, a temperatura havia subido para dezenove graus, o que não era tão mal. Estava até quente. Mas, a chuva não cessava nem por um segundo, o que me fez abrir um sorriso. Liguei pra Mariana e disse que eu não estaria em casa, mas se quisesse me encontrar, estaria na vovó. Ela reclamou um pouco, dizendo que queria combinar algumas coisas comigo, mas depois desistiu. Depois de vinte minutos conversando com a Mari, peguei minha bolsa e meu guarda chuva e me lancei no mundo. Brincadeira. Fui à casa da vovó.
No caminho, o rio Avon (n/a: eu amo comentar desse rio, não é? SUAHUISHIAH) havia transbordado, mas não muito. Eu estava menos empacotada do que o costume, mas ainda usava o gorro grosso que a vovó fez pra mim. Em alguns minutos, eu já estava lá.

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Aí está! Espero que gostem.
Comentem e votem nas reações! Obrigada, e até mais!
Boa noite ^^