domingo, 29 de agosto de 2010

[FANFIC] Parte 17.

Gente, desculpa a demora... É que eu to ocupada com um mooonte de coisas! Mas hoje eu vou postar três partes pra vocês. Essa é a primeira de hoje.

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Era manhã de sábado. Acordei quase dez horas da manhã e não tinha ninguém em casa. Fui à cozinha tomar café e peguei qualquer coisa na geladeira para comer. Quando eu a fechei, tinha um bilhete informando:
“Não quis te acordar, mas eu, Oliver e James saímos para a casa da sua avó. Ela provavelmente estava com saudade dos seus irmãos. Então não sei que horas voltarei. Qualquer coisa ligue no meu celular para avisar se vai ficar em casa ou vai vir aqui também. Papai.”
Ah, que legal. Todos foram embora e não tiveram coragem de me acordar. Eu ainda estava tomando um suco que não faço idéia de que sabor era. Somente o tomei. Fui atrás do telefone e disquei o número do celular do meu pai.
“Alô?” Ele disse.
“Pai? Eu vou ficar aqui mesmo, ta? Preciso fazer umas coisas...” Falei já pensando no meu ateliê.
“Ah, tudo bem. Vai ficar bem aí?”
“Claro. Manda beijos pra vovó e pro vovô.”
“Pode deixar. Tchau então.”
“Tchau.” Desligamos.
Depois de terminar o café da manhã mais rápido da minha vida, fui ao fundo da casa, onde havia um quarto pequeno em forma de quadrado, onde eu montei meu ateliê antigamente. Eu gostava de pintar as mais diversas paisagens que existem no mundo, e eu me perguntava o que eu escolheria dessa vez, afinal eu estava sem opções. Abri o quarto e lá estavam uma pilha de quadros em branco num canto, vários potes de tintas em outro, quadros pintados finalizados e outros não finalizados em outro. O tom das paredes do quarto era verde claro, fazia me sentir à vontade. A parte da porta que se dava para ver quando se estava dentro do quarto estava toda cheia de respingos de tinta. Antigamente ela era marrom, agora ela era um arco-íris. No centro do quarto, se localizava o suporte onde se colocava os quadros para pintar. Ele estava empoeirado devido ao grande tempo que eu não piso aqui. O chão estava deplorável assim como o teto, que se encontrava cheio de teias de aranha. Voltei à lavanderia para pegar um rodo, vassoura e pano para dar uma limpeza nele antes que eu começasse.
Passei exatas duas horas fazendo a limpeza, e o resultado final foi um quarto novo em folha. Já se passava da hora do almoço e eu só me toquei que estava com fome quando meu estômago insistiu em roncar. Meu pai já era para ter voltado, mas tudo bem.
Fui à cozinha novamente e descongelei o cozido de um dia desses. Eu sei, eu odeio cozido, mas eu estava com fome. E não tinha muitas outras opções apetitosas. Depois que eu consegui botar pra dentro o cozido, voltei ao meu ateliê e fiquei meditando sobre o que eu pintaria. Olhei no relógio e já era três da tarde. Pulei de susto. Daqui a duas horas seria a reunião dos Lautner e eu não estava me lembrando.
Liguei pro meu pai de novo, perguntando se ele se lembrava de ir à casa dos Lautner. Ele quase ia esquecendo, mas disse que em dez minutos estaria aqui. Falou também que eles almoçaram na casa da vovó. Não demorei muito no telefone, afinal eu estava no meio de uma reflexão sobre o que eu iria pintar. Mas nada vinha à minha cabeça.
Voltei ao ateliê novamente e posicionei o quadro no suporte, segurava um pincel mais grosso e pensava com cuidado. Infelizmente não poderia ficar fazendo isso o dia todo. Eu tinha que ir me arrumar, mas só o faria quando faltasse pouco pra hora marcada. Fui interrompida pelo telefone tocando.
“Alô?” Falei ofegante pela corrida do ateliê à minha sala.
“Akemi? Sou eu, Taylor.” Ele disse sorrindo um pouco.
“Ah, oi Taylor.” Virei os olhos.
“Está se lembrando da reunião daqui a pouco, não é?” Quase que não. Mas isso não vem ao caso agora.
“Claro. Estava pensando nisso agora a pouco.” Falei.
“Então... Eu irei te buscar, não é?” Ele disse sem emoção.
“Sim. Eu espero você a que horas mesmo?”
“Eu chegarei cinco em ponto aí.”
“Olha lá, hein.” Sorri. “Brincadeira. Tudo bem, eu espero você.”
“Ok, até mais então.”
“Até.” Desligamos.
Eu estava tão distraída, que acabei me esquecendo que o Taylor me levaria como ele havia pedido acho que, dois dias atrás. Voltei ao ateliê e o fechei. Sabia que não faria mais nada nele hoje. Eu precisava de ajuda para pintar algo. Os dez minutos se passaram, e meu pai tinha chegado. James estava desanimado para ir à casa dos Lautner, e meu pai tentava sem sucesso convencê-lo. Oliver subiu para tomar um banho. Ao contrário de James, ele estava visivelmente empolgado. Mas ele só iria depois de buscar sua namorada, que até hoje não consigo decorar o nome da criatura.
- Acho que vou ter que passar no escritório antes de ir pra casa do Peter... – Meu pai disse se jogando no sofá.
- Vai trabalhar em pleno sábado de tarde?! – falei incrédula. – Acho que o Peter contava com o senhor lá.
- Mas eu vou. – ele disse confuso. – Só irei demorar uns minutinhos.
- Claro. – Ele diz que demora pouco, mas se tratando de trabalho, ele demorava uma eternidade. – Pai, o senhor ta brincando, não é? – falei desconfiada.
- Brincando?
- É... Diz que vai trabalhar e ainda não vai demorar muito a ir... – falei me sentando também no sofá.
Ele soltou risinhos.
- Minha fama não é boa, não é? – ele disse sorrindo.
- Não. – falei sorrindo mais ainda. – Por favor, pai. Chegue cedo. – Pedi para não dizer “implorei”.
- Você sabe que eu sempre faço o possível. Mas dessa vez é coisa rápida. Sem demoras. – ele explicou. Vou fingir que acredito. Sorri torto e fui ao meu quarto.
Separei uma calça e uma blusa com mangas para ir, vai saber se lá está frio. O que eu acho muito difícil. Separei um gorro e prendedores de cabelo. Fui ao meu banheiro e tomei um banho quente. Pra mim aquilo era a melhor coisa do mundo: um banho quente. Só faltava uma soneca para completar o “perfeito”. Mas eu tinha que sair.
Saí do banheiro e me vesti. Coloquei minha calça, minha blusa e amarrei um casaco na cintura e logo após pequei meu gorro. Separei meu cabelo e fiz “Maria Chiquinha”. Fazia muito tempo que eu não usava isso no meu cabelo e coloquei meu gorro por cima. Estava simples e confortável. Fui à sala de novo e meu pai já estava arrumado e tirava uma soneca no sofá. Como ele conseguiu se arrumar tão rápido? Olhei pro relógio de parede e marcava: quatro e trinta da tarde. Arregalei meus olhos. Acho que demorei demais no banho...

Um comentário:

  1. Vejo q tanto tempo de espera foi recompensado com essa grande obra...Como eu costumo dizer: "Perfeita em tudo o q faz"! Tudo de bom pra vc!

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